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Com águas "irmãs" desprotegidas, Rio Perdido enfrenta ameaça em MS

As águas "irmãs" dos afluentes do Rio Perdido, principal atrativo turístico da Serra de Bodoquena, estão dando sinais da ameça que o curso d'água está enfrentando em Mato Grosso do Sul.


As águas "irmãs" dos afluentes do Rio Perdido, principal atrativo turístico da Serra de Bodoquena, estão dando sinais da ameça que o curso d'água está enfrentando em Mato Grosso do Sul. Trechos barrentos, cheios de pedras ou totalmente secos e tomados por mato expõem o processo de assoreamento que pode não só varrer turistas que querem se banhar nas águas verde-anil do Perdido, mas também comprometer seriamente a biodiversidade das áreas de Mata Atlântica e Cerrado que elas atravessam. Esse problema começa após o rio nascer e passar pela Serra de Bodoquena. Ele foi identificado nos canais dos afluentes que permitem o Perdido correr até o Rio Apa e encontrar o Rio Paraguai, no Pantanal, explica o biólogo Sérgio Barreto, do IHP (Instituto Homem Pantaneiro). Um afluente que fica na cidade de Caracol chega a ter trecho sem nenhum pingo d´água. Hoje, se passa de carro sem nem saber que ali é o leito rio, segundo Sérgio. Levantamento é feito pelo instituto para mapear todas as áreas afetadas e buscar soluções. Faltam APPs - O que já deu para entender é que a desproteção dos leitos e o mau uso do solo, do ponto de vista do ambientalista, são os dois principais culpados. "São rios de extrema beleza, que estão assoreando e sendo descaracterizados. Faltam APPs (Áreas de Proteção Permanente) para protegê-los. Elas deveriam ter sido criadas. A expansão da monocultura nos últimos anos traz os sedimentos que provocam o assoreamento", afirma o biólogo. A tempo - O IHP acompanha a situação há cinco anos. A primeira reação foi recuperar junto ao ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) as nascentes do Rio Perdido, localizadas em três propriedades particulares. "Conseguimos a cumplicidade e a parceria dos proprietários delas e de fazendas vizinhas. Trabalhamos em conjunto com a equipe do Parque Nacional da Serra da Bodoquena e do ICMBio para que eles se comprometessem a não suprimir APPs e para fazer as outras ações que foram fundamentais para proteger um dos ativos biológicos mais importantes do estado de Mato Grosso do Sul, o Rio Perdido", conta o presidente do IHP, Ângelo Rabelo. Sérgio Barreto explica que a estratégia funcionou e que as nascentes foram recuperadas a tempo, dispensando, inclusive, a aplicação de multas aos fazendeiros. Fauna aquática - O assoreamento pode afetar principalmente a fauna aquática do Rio Perdido, continua o biólogo. Ele explica que o processo impede a migração natural dos peixes, compromete a reprodução e a cadeia alimentar na região. "Sem poder migrar, não poderão fazer a piracema. Ficarão presos em determinados trechos e sujeitos à pesca predatória. Aves que dependem da captura dos peixes também são afetadas", finaliza. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .

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