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Fogo volta a se aproximar de ninho de tuiuiús após 5 dias de "salvamento"

"Foi por um triz", disse o biólogo do IHP (Instituto Homem Pantaneiro), Sérgio Barreto, ao ancorar o barco no barranco, do Rio Paraguai, em Corumbá.


"Foi por um triz", disse o biólogo do IHP (Instituto Homem Pantaneiro), Sérgio Barreto, ao ancorar o barco no barranco, do Rio Paraguai, em Corumbá. A reportagem do Campo Grande News foi até o ninho de tuiuiús que fica na região conhecida como Paulo do Bode, a 7 km da cidade acompanhar o trabalho dele, pelo Gretap (Grupo de Resgate Técnico Animal Cerrado Pantanal). O lugar é ponto de referência para turistas avistarem a ave símbolo do Pantanal, mas quase deixou de existir na última segunda-feira (24). Depois de uma verdadeira mobilização 'de guerra' para salvar o local de reprodução do casal de tuiuiús , com todo o cuidado para não destruí-lo, o biólogo é um dos responsáveis por ir até o local e monitorar as condições da área para garantir a segurança da espécie. A imagem do tronco da árvore que quase se transformou em carvão é impactante. Em volta do chão há cinzas do que um dia foi matéria orgânica. Apesar da aproximação humana, as aves não deixam o local e ficam do alto acompanhando os passos da equipe. (Confira a galeria ao final da matéria). "Tem um foco que vimos no caminho, a cerca de 3 km daqui. Em linha reta isso fica muito próximo do ninho. Com todo esse material combustível em volta e a velocidade do vento, vou ter que acionar os brigadistas para evitar que a situação piore. O monitoramento é importante, porque se não, jogamos todo o trabalho feito fora", avaliou Sérgio. Esta não é a primeira vez que o biólogo presencia a perda de um ninho de tuiuiús para os incêndios, e provavelmente não será a última. Inclusive, o próprio casal jovem que está sendo monitorado perdeu a 'casa' no ano passado. "Essas aves já tinham perdido o ninho em 2023 e nós estávamos torcendo para que eles voltassem. Agora que estão tentando novamente fazer a reprodução nesse ponto, precisamos proteger e coexistir". As aves do casal estavam cobertas de fuligem. Tinham deixadas de serem brancas e estavam completamente cinzas. Apesar de todo o estresse que enfrentaram com o fogo, a presença de helicópteros e brigadistas, elas continuam resistindo. Se tudo der certo, neste período de 60 dias após a reprodução, os filhotes vão nascer. Até o fim do ano eles devem estar aprendendo a voar. O Gretap assegurou que continuará o monitoramento enquanto for necessário. Crime ambiental – Entre o resto de madeira que se transformou em carvão e que ainda soltava fumaça, ao lado do tronco da árvore que abriga o ninho, foi encontrado um crime ambiental. Uma árvore da espécie piúva (ipê) estava retalhada em vários pedaços, com sinais de motosserra. Sérgio destacou que passou as coordenadas para a PMA (Polícia Militar Ambiental) ir até o local iniciar a investigação. "Isso aqui é crime ambiental. Desmatar mata ciliar é proibido. Infelizmente as pessoas se aproveitam da facilidade de acesso ao terreno, que está na margem do rio, para desmatar e fazer móveis. Será investigado". Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .

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