O mercado brasileiro de soja teve uma melhora no ritmo de negócios nesta quinta-feira (11). O dólar favoreceu a alta nos preços e o aumento na comercialização, assim como alguns momentos em meio à volatilidade em Chicago.
Os agentes tiveram cautela hoje, à espera do relatório mensal de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira com preços entre estáveis e mais altos.
Após três sessões de perdas consistentes, o mercado tentou reagir, com base em fatores técnicos e com os agentes se posicionando frente ao relatório de oferta e demanda de julho do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado amanhã (12).
O USDA deverá cortar as suas estimativas para a safra e os estoques finais dos Estados Unidos em 2024/25. Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em estoques norte-americanos de 445 milhões de bushels (12,1 milhões de toneladas) em 2024/25.
Para 2023/24, o mercado aposta em número de 353 milhões de bushels (9,6 milhões de toneladas). Em junho, a previsão do USDA era de 455 milhões e 350 milhões, respectivamente.
Para a produção de soja nos Estados Unidos, o mercado espera um número de 4,416 bilhões de bushels (120,1 milhões de toneladas) para 2024/25. Em junho, o Departamento apontou safra de 4,450 bilhões de bushels.
Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2024/25 de 127,1 milhões de toneladas. Em junho, o número ficou em 127,9 milhões.
Para 2023/24, a expectativa do mercado é de número de 110,9 milhões, abaixo dos 111,1 milhões indicados no mês passado.
Para a safra do Brasil em 2023/24, a aposta é de corte, passando dos atuais 153 milhões para 152,1 milhões de toneladas. A produção argentina deve ser mantida em 50 milhões de toneladas.
Os contratos da soja em grão com entrega em agosto fecharam com alta de 3,75 centavos de dólar, ou 0,33%, a US$ 11,17 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 10,67 3/4 por bushel, com ganho de 0,75 centavo ou 0,07%.
Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com baixa de US$ 0,90 ou 0,28% a US$ 315,50 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 46,15 centavos de dólar, com alta de 0,57 centavo ou 1,25%.
O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,52%, sendo negociado a R$ 5,4413 para venda e a R$ 5,4393 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,3709 e a máxima de R$ 5,4530.
Fonte: Canal RURAL