Mulher havia acabado de deixar UPA quando foi estuprada em praça

Dopada de remédios após ter duas crises convulsivas e ficar internada por dois dias, a mulher de 43 anos que foi estuprada enquanto dormia na Praça Ary Coelho, em Campo Grande, havia acabado de deixar uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) quando foi violentada.

Por Expressão Naviraí em 15/10/2023 às 14:51:27

Dopada de remédios após ter duas crises convulsivas e ficar internada por dois dias, a mulher de 43 anos que foi estuprada enquanto dormia na Praça Ary Coelho, em Campo Grande, havia acabado de deixar uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) quando foi violentada. Quem conta é o companheiro dela, Gilberto Oscar da Silva, de 38 anos, que se identifica como hippie, "no trecho" há 6 anos. Ele conheceu a companheira há um ano e dois meses, em Torres, no Rio Grande do Sul, quando ela decidiu segui-lo nas viagens que faz pelo país e para fora do Brasil vendendo artesanato. A mulher, porém, tem epilepsia e como toma forte medicação, desenvolveu também problemas de memória. "Ela tem problema no cérebro e não se lembra. Ela não sabe o que passou. Toda vez que ela acorda, eu faço isso. Todos os dias, eu tenho que sentar com ela conversar, explicar e dizer onde a gente tá, o porquê de estar aqui, o que a gente tem que fazer", afirma. Gilberto diz se o protetor da mulher, embora não tenha acordado, na noite de sexta-feira (13), para defendê-la. Ele diz que os dois vendem artesanato na Praça Ary Coelho, mas não dormem por lá. O casal encontrou a duas quadras dali, uma marquise, onde "monta acampamento". "Só que aquele dia, como ela estava muito cansada e sob efeito da medicação, quando fechou o parque, a gente deitou naquele lado, porque ali tem gente à noite que passa na sexta-feira entregando marmita. Só que eu e ela estávamos cansados. Ela devido à medicação e eu, porque fazia dois dias que não dormia [cuidando da mulher na UPA]. A gente deitou para descansar e os dois capotaram. Eu fui acordado pelo guarda", explicou. Nesta manhã, quando a reportagem encontrou o casal, a vítima também dormia pesado. Depois da violência que sofreu, à lista de medicações que ela já toma, foi acrescentado o coquetel contra DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis). "Ela está tomando uns 20 comprimidos por dia", afirma o companheiro. O hippie conta que os dois estão em Campo Grande há um mês e que não fazia ideia de quem era o homem que abusou da mulher. "O guarda chegou e falou: 'o senhor tá ciente do que tá acontecendo?' Eu disse que não, que a gente tava [sic] dormindo. Eles disseram: 'a gente tá acompanhando vocês pelas câmeras desde que vocês deitaram, e a gente viu uma situação que tá acontecendo'. E ele me falou: 'o senhor conhece esse cidadão?' e eu respondi que não. Nunca vi na minha vida, não convive aqui. Ele: 'pois é, esse homem estava tentando abusar da sua senhora'", relata Gilberto, acrescento que ficou bastante revoltado. O artesão afirma que apesar da falta de segurança, o casal decidiu seguir os planos. "É muito triste. Nunca aconteceu essa situação dessas com a gente. Todo lugar que a gente chega, a gente é bem recebido, bem acolhido, mas vamos seguir. Na quinta-feira, vamos para Aquidauana, depois Corumbá e Minas Gerais. Em dezembro e janeiro, a gente vai ficar no Rio por conta da alta temporada de turistas. Em fevereiro, vamos para a Bahia". A ocorrência – Homem identificado como Antônio Derivan de Araújo, 59 anos, foi preso na sexta-feira, por estupro de vulnerável. O abuso foi flagrando pela Guarda Civil Metropolitana através das câmeras de segurança que monitoram a região central. Nas imagens, é possível ver que o abusador está se deita ao lado de mulher, que dorme profundamente e a certa altura, ele tira a parte debaixo da roupa da vítima, abaixa a bermuda e faz movimentos como se tivesse mantendo relação sexual com ela. Desacordada, a mulher não esboça reação. Conforme o registro da ocorrência, a equipe da Guarda abordou Antônio, que negou o crime. Ele, contudo, foi preso em flagrante e levado para a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher). A vítima também foi ouvida e passou por atendimento médico.

Fonte: CGNEWS

Comunicar erro

Comentários