Com R$ 76 bilhões investidos por empresas, MS aposta em ações sustentáveis

Concentrando alguns dos maiores investimentos privados do País, Mato Grosso do Sul registra, desde 2015, empreendimentos que representam R$ 76 bilhões, informou esta manhã o governador Eduardo Riedel, ao falar durante o fórum empresarial Café com Negócios - Inspiração, Conhecimento e Networking, no Bioparque Pantanal, em Campo Grande.

Por Expressão Naviraí em 24/10/2023 às 14:13:27

Concentrando alguns dos maiores investimentos privados do País, Mato Grosso do Sul registra, desde 2015, empreendimentos que representam R$ 76 bilhões, informou esta manhã o governador Eduardo Riedel, ao falar durante o fórum empresarial Café com Negócios - Inspiração, Conhecimento e Networking, no Bioparque Pantanal, em Campo Grande. Empenhado em garantir logística necessária para seguir atraindo empresas, ele apontou que o desafio é dotar o estado com infraestrutura necessária e induzir desenvolvimento sustentável. Conforme o governador, o poder público segue "em busca de soluções para potencializar todo o equipamento estadual e garantir desenvolvimento, bem-estar e inclusão". Apresentando um ritmo de crescimento superior à média nacional, assim como a arrecadação de tributos, que subiu 7,56% no ano, o que é um termômetro da economia, o Estado foi escolhido por gigantes da celulose, a Suzano, com investimento de R$ 15 bilhões em curso em Ribas do Rio Pardo; e a Arauco, projetando fábrica e destinação de R$ 28 bilhões em Inocência, que se juntam a outras fábricas já instaladas. A celulose ganhou destaque na economia local, ficando somente atrás da soja em exportações e colocando o Estado como o maior exportador de produtos florestais no País. Riedel apontou que o ritmo de crescimento vai atingir todos os setores da economia, incluindo o comércio. Este é o principal setor para a arrecadação de ICMS, representando 41,42%. Embora tenha peso relevante na circulação de recursos, a produção agrícola para exportações não paga ICMS, por conta da Lei Kandir, dos anos 90, dependendo os estados de compensação pela União. A expansão no uso do solo para cultivo de grãos, cana-de-açúcar e florestas envolveu áreas degradadas de pastagens, conforme ele. No caso da soja, a produção ocupava 1,7 milhão de hectares entre 2009 e 2010, saltando para 4 milhões de hectares nos últimos anos. Para aperfeiçoar a logística e atender as demandas da economia, ontem, o governador teve reunião ontem com o presidente do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), Aloízio Mercadante, para tratar de empréstimo de R$ 2,3 bilhões, recursos para uma série de obras rodoviárias, incluindo a pavimentação de 600 km e a restauração de 300 km de estradas. Desenvolvimento sustentável- A palestra a empresários teve a questão ambiental como um dos aspectos centrais. O governador mencionou o esforço para gerar créditos de carbono a partir da preservação do Pantanal e a redução do desmatamento, apontando que o Estado registrou queda de 12% em 2022, o quarto melhor resultado no País. Riedel ainda apontou práticas sustentáveis na produção de carnes, mencionando peixes, aves e suínos e o boi orgânico produzido por pecuaristas no Pantanal. Conforme ele, para a próxima década os desafios no uso dos recursos naturais vão envolver mudanças no uso do solo, o desafio de alcançar o status de carbono neutro e ampliar a matriz de energia. Ao mesmo tempo, pontuou, o Estado busca ampliar a industrialização e atrair investimentos em setores de infraestrutura por meio de PPPs (parcerias público privadas) e concessões de serviços. Sobre a sustentabilidade, um dos temas centrais dos debates do evento, o desafio é envolver as novas gerações, que estão assumindo postos "com outra pegada, outra discussão". Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News .

Fonte: CGNEWS

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