O mês de outubro foi caracterizado por um movimento lateral no mercado brasileiro de boi gordo, sem grandes movimentos de alta.
De acordo com o analista da Safras & Mercado, Fernando Iglesias, os frigoríficos também não encontraram as condições necessárias para exercer pressão sobre o mercado.
Na avaliação do analista, o mercado permaneceu estável em outubro, operando no mesmo ritmo desde o final de setembro até o final do mês passado.
No início de novembro, já se observa uma tentativa maior de pressão por parte dos frigoríficos, embora não tenham conseguido avanços significativos nas escalas de abate ao longo da semana.
Vale ressaltar que o feriado prolongado afetou o ritmo dos negócios.
No último trimestre do ano, que é marcado pelo aumento do consumo de carne bovina, Iglesias afirma que a demanda esperada no mercado interno se apresenta como um fator de suporte, especialmente com a entrada dos salários e do décimo terceiro na economia, motivando a reposição ao longo da cadeia produtiva.
Iglesias destaca que os preços dos cortes do traseiro avançaram 1,18% ao longo de outubro, indo de R$ 17,80 para R$ 18,00, devido à expectativa de uma demanda mais aquecida nos últimos meses do ano.
Por outro lado, os cortes do dianteiro, devido à maior concorrência com a carne de frango, sofreram uma desvalorização de 7,14%, caindo de R$ 14,00 para R$ 13,00.
As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 855,884 milhões em outubro (21 dias úteis), com uma média diária de US$ 40,756 milhões. O volume total exportado pelo país atingiu 186,204 mil toneladas, com uma média diária de 8,866 mil toneladas. O preço médio por tonelada foi de US$ 4.596,50.
Comparado a outubro de 2022, houve uma queda de 29,7% no valor médio diário das exportações, uma redução de 10,6% na quantidade média diária exportada e uma desvalorização de 21,4% no preço médio.
Fonte: Canal RURAL