Dois anos depois, namorado é preso suspeito de matar jovem no Itamaracá

Ewerton Fernandes da Silva, 35 anos, suspeito de matar tiros a namorada Bruna Moraes Aquino, 22, foi preso dois anos após o crime.

Por Expressão Naviraí em 08/11/2023 às 08:34:26

Ewerton Fernandes da Silva, 35 anos, suspeito de matar tiros a namorada Bruna Moraes Aquino, 22, foi preso dois anos após o crime. A jovem foi assassinada no dia 1º de setembro de 2021, dentro do carro do companheiro, no Jardim Itamaracá, em Campo Grande. De acordo com o delegado da 4ª DP (Delegacia de Polícia) responsável pela investigação, Christian Mollinedo, Ewerton foi preso no dia 30 de outubro. Contra ele havia um mandado de prisão preventiva em aberto, pelo crime de feminicídio. O inquérito policial foi relatado e agora esperam pela manifestação do Ministério Público. Conforme o registro policial, na época do crime, Bruna estava com o namorado em um Volkswagen Gol prata, quando um homem, não identificado, usando roupas escuras e capacete, se aproximou do veículo a pé, parou do lado da porta do passageiro e disparou contra o casal. O namorado de Bruna contou à polícia que percebeu que havia sido atingido de raspão no braço e, logo em seguida, viu a jovem inconsciente, sangrando muito, por isso, acelerou o carro e foi para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) universitário. Segundo o depoimento de Ewerton, foram três ou quatro disparos. Bruna chegou sem vida na unidade de saúde e a polícia foi chamada pelos funcionários da UPA. Na delegacia, Ewerton disse aos policiais que não sabia quem seria o autor dos disparos, mas contou que três dias atrás, entre os dias 29 e 30 de agosto, ele e Bruna foram perseguidos por dois homens em uma moto, que atiraram contra o carro, depois de confusão em casa noturna na Av. Ernesto Geisel com a Av. Salgado Filho. Na data, a jovem chegou a ser atingida de raspão na nuca, mas preferiu não registrar boletim de ocorrência. Em depoimento, o homem afirmou que o disparou aconteceu, depois que ele discutiu com um homem chamado "Wellington", que teria dado em cima da namorada. A perícia encontrou um projétil de arma de fogo na porta do Volkswagen Gol, em que Bruna estava no dia em que foi assassinada. O carro pertence a Ewerton, única pessoa, até o momento identificada, que presenciou o crime. Áudio ao qual o Campo Grande News teve acesso, revelou o momento do ataque a tiros, que resultou na morte da jovem. São apenas 40 segundos de gravação, mas que refletem a tensão do atentado, cujas circunstâncias ainda intrigam a polícia. Relato do suspeito - Dez dias depois de ver a namorada ser morta a tiros, Ewerton foi até a 4ª Delegacia de Polícia Civil, na Moreninha II, contar sua versão sobre o dia em que ele e Bruna foram alvo de pistoleiro. Na saída, falou sobre a dificuldade de se recuperar diante do trauma. "Estou praticamente acabado". Ewerton foi à delegacia ao lado do advogado e da mãe. Com o braço imobilizado, contou que o "tiro de raspão", que levou durante o atentado que matou Bruna, não foi tão leve assim. "Passei por duas cirurgias, a bala entrou em mim, rompeu ligamento", contou. O vendedor afirmou que lembra pouca coisa do momento dos tiros e garante que não conseguiu reconhecer o assassino da namorada, que teria chegado a pé. "Lembro apenas que veio uma pessoa do lado da janela e efetuou os disparos". O vendedor também rebateu as acusações de que o relacionamento não era aceito pela família e amigos da vítima, como relatado no velório de Bruna. "Eu era de dentro da casa deles, assava carne e tomava cerveja com eles, como não aceitavam? Ia na casa da avó dela quase todo dia", reforça o rapaz, que desde criança, conhecia a namorada. Além de lidar com os comentários sobre a morte de Bruna, Ewerton tenta superar o medo que ficou após o crime. "Eu tô mal até agora, eu escuto barulho e fico em choque, eu olho moto, eu olho tudo. Estou praticamente acabado", relatou. Na época Ewerton afirmou não saber quem matou Bruna. Lembrou que o desentendimento na casa noturna dias antes, não passou de uma "encarada". "Eles encararam e eu encarei de volta. Não briguei aquele dia". Passagens – Conforme apurado pela equipe de reportagem, Ewerton possui várias passagens pela polícia entre 2007 e 2019. Conhecido como "Passarinho", o homem soma registros de violência doméstica, calúnia, roubo majorado pelo emprego de arma, violação de domicilio, violência doméstica, lesão corporal, furto, tráfico de drogas e dano. Por duas vezes – em 2008 e 2017 –, foi preso em flagrante. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News .

Fonte: CGNEWS

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