Dólar opera em queda após dados de inflação no Brasil e nos EUA; Ibovespa oscila

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Por Expressão Naviraí em 11/01/2024 às 12:03:25

Na véspera, a moeda norte-americana caiu 0,27%, cotada a R$ 4,8910. Já o principal índice de ações da bolsa de valores recuou 0,46%, aos 130.841 pontos. Imagem ilustrativa sobre a alta do dólar e o mercado de ações na Bolsa de Valores de São Paulo (B3).

KEVIN DAVID/A7 PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

O dólar opera em queda nesta quinta-feira (1'), após a divulgação dos dados de inflação do Brasil e Estados Unidos. Também analisando o cenário, o Ibovespa, principal índice de ações da bolsa de valores, oscila.

Os números eram esperados pelo mercado financeiro para calibrar as apostas na trajetória de juros aqui e no exterior. O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA fechou dezembro um pouco acima das expectativas, subindo 0,3% no mês.

No Brasil, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta surpreendente no mês de dezembro, de 0,56%, mas terminou o ano dentro do intervalo da meta de inflação. O cenário reforçou a esperança do mercado de que será possível manter o ritmo de corte de juros pelo Banco Central.

Veja abaixo o resumo dos mercados.

Dólar

Às 11h35, o dólar opera em queda de 0,56%, cotado a R$ 4,8637. Veja mais cotações.

Na véspera, a moeda norte-americana fechou em queda de 0,27%, cotada a R$ 4,8910. Com o resultado, acumulou altas de:

0,39% na semana;

0,79% no mês e no ano.

Ibovespa

No mesmo horário, o Ibovespa operava em alta de 0,07%, aos 130.933 pontos.

Ontem, o índice teve queda de 0,46%, aos 130.841 pontos. Com o resultado, acumulou quedas de:

0,90% na semana;

2,49% no mês e no ano.

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O que movimentou os mercados?

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA foi o dado econômico mais esperado da semana, observado de perto pelo mercado para desvendar os próximos passos do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) na política monetária.

De acordo com o Departamento do Trabalho, o índice subiu 0,3% no mês passado, depois de ter avançado 0,1% em novembro. Nos 12 meses até dezembro, os preços ao consumidor aumentaram 3,4%, depois de alta de 3,1% em novembro.

Os resultados vieram levemente acima do esperado pelo mercado financeiro. Economistas consultados pela Reuters previram altas de 0,2% no mês e de 3,2% na comparação anual.

O chamado núcleo do índice de preços avançou 3,9% na base anual em dezembro, de 4% em novembro.

Apesar de o aumento anual ter se reduzido significativamente em relação ao pico de 9,1% registrado em junho de 2022, os números reforçam a percepção de que o Fed pode adiar um corte na taxa de juros em relação ao esperado pelos analistas, que era o próximo mês de março.

No início da quinta-feira, os mercados financeiros viam uma chance aproximada de 69% de um corte nos juros na reunião de política monetária do Fed de 19 e 20 de março, de acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group. Com o mercado de trabalho resiliente mantendo o crescimento dos salários elevado, alguns economistas esperam um corte em maio ou junho.

No Brasil, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, mostra que os preços subiram 0,56% em dezembro. Com isso, o país teve uma inflação acumulada de 4,62% em 2023.

O resultado, portanto, vem dentro do intervalo da meta de inflação para o ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Essa é a primeira vez que a meta foi cumprida desde 2020.

Mas o número para o mês e para o ano vieram acima das projeções do mercado financeiro. Eram esperadas altas de 0,49% para dezembro e de 4,55% para o ano.

"Analisando a inflação em uma perspectiva mais ampla, mantemos a nossa visão de que ela segue em uma dinâmica benigna", diz João Savignon, chefe de pesquisa macroeconômica da Kínitro Capital.

"Seguimos atentos aos desenvolvimentos dos principais riscos, como o El Niño e de alguns Serviços mais inerciais, mas as nossas coletas já começam a indicar um arrefecimento de preços no atacado, especialmente de alimentos e de bens industriais, indicando que podemos ver esses preços cedendo para o consumidor ao longo dos próximos meses."

Fonte: G1

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