"Dor é muito grande": acidente trágico que vitimou 4 amigas completa um ano

Com camisetas e rosas, familiares e amigos prestaram homenagem a jovens durante missa que marca um ano da morte das amigas em trágico acidente.

Por Expressão Naviraí em 10/03/2024 às 20:16:23

Com camisetas e rosas, familiares e amigos prestaram homenagem a jovens durante missa que marca um ano da morte das amigas em trágico acidente. Emocionados, mãe e tia das vítimas relatam não terem se acostumado com a ausência das meninas e que a "dor é muito grande". A missa foi celebrada neste domingo (10), em dois horários: no período da manhã ocorreu na Paróquia São José Batista, enquanto no fim da tarde foi realizada na Paróquia São Francisco de Assis. Durante a reunião também foi celebrada a vida de Analu Mendes, sobrevivente do acidente. Rita Guilhen, de 63 anos, mãe de Kaena Guilhem contou que desde o acidente as famílias das jovens se reuniam todos os meses para prestarem homenagens. Durante a conversa, a mãe relembrou que a filha também seguia o catolicismo. Mês a mês a gente fazia a missa de um mês porque é a presença de Deus e afinal de contas a oração para Deus é o nosso alimento da alma para nos fortalecer e dar continuidade a essa vida terrena por que não está sendo fácil", disse Rita. Acompanhada de seu irmão, Rita conta que Kaena era quem cuidava dos dois que já são de idade avançada. A mãe solo, descreve a filha como a sua "luz" e "menina de ouro". Após a morte, a mãe herdou os três cachorrinhos adotados por Kaena, sendo: Nila, Neno e o Bono. "Eu falo isso não porque ela se foi, mas porque ela amava cachorro, fazia parte de Ongs, amava crianças tanto que ela trabalhava em uma clínica de crianças com autismo. Sempre sorridente, sempre alegre, por mais que tivesse alguma dor dentro dela estava sempre com um sorriso. Ela vai ser sempre lembrada por isso", diz emocionada. Com camiseta estampada com a foto de Laís Moriningo Paim, a tia da jovem Maria Liete, de 53 anos, relata que os últimos 365 dias foram um verdadeiro pesadelo. "Está ainda sendo muito difícil para todos. Está sendo muito difícil mesmo se acostumar… ela era isso aqui [aponta para foto da camiseta], sorridente, alegre, uma sobrinha maravilhosa, amorosa, não tem nem como dimensionar… não estamos aqui para relembrar porque a gente nunca esquece", falou com a voz embargada. Bastante emocionada, a mãe da Carolina Peixoto preferiu não conversar com a reportagem. A mulher foi até a missa acompanhada de sua irmã e algumas amigas da família e da jovem. Karin Castrid, de 63 anos, relatou que foi até a missa para prestar apoio a sua amiga. "Esses momentos são momentos importantes e são momentos de dor. Eu sou mãe também e sei que esse momento não é fácil de se vencer", disse. O acidente - Padre Wagner Divino, de 45 anos, da Catedral Nossa Senhora da Abadia e Santo Antônio de Pádua, era quem estava conduzindo a caminhonete Toyota Hilux, que acabou colidindo com o Fiat Argo, ocupado por cinco mulheres. Carolina Peixoto dos Santos, de 28 anos, era engenheira civil e servidora pública lotada na Segov (Secretaria de Estado de Governo); Letícia de Mello da Silva, de 28 anos, bancária; Lais Moriningo Paim, de 29 anos, trabalhava na área administrativa de uma empresa; e Kaena Guilhen Fernandes, 29 anos, recepcionista. A sobrevivente Analu Mendes Mali, de 29 anos, é servidora pública. As amigas estavam indo para Rio Verde de Mato Grosso, município a 203 km de Campo Grande, quando a condutora tentou ultrapassagem em local indevido, colidindo de frente com a Hilux, que seguia no sentido contrário e era dirigida pelo padre Wagner. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .

Fonte: CGNEWS

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