Mãe espera por condenação de motorista escolar por abusar de criança

Depois da reportagem: "Empresário descobriu da pior forma que 'cara fantástico' abusava das filhas", a assistente administrativa, de 40 anos, decidiu tornar público caso semelhante ocorrido com a sua filha, hoje com 12 anos, em São Gabriel do Oeste, distante 137 quilômetros de Campo Grande.

Por Expressão Naviraí em 20/03/2024 às 07:41:24

Depois da reportagem: "Empresário descobriu da pior forma que 'cara fantástico' abusava das filhas", a assistente administrativa, de 40 anos, decidiu tornar público caso semelhante ocorrido com a sua filha, hoje com 12 anos, em São Gabriel do Oeste, distante 137 quilômetros de Campo Grande. O acusado, de 55 anos, era tio/padrinho da vítima e muito próximo à família. Uma pessoa acima de qualquer suspeita. "Vi a reportagem de um caso semelhante ao que ocorreu com a minha filha e senti um acalento", conta. A mãe se refere a pena do estuprador, condenado a 24 anos de prisão, citado na matéria publicada na segunda-feira. Segundo ela, o processo sobre o fato em que sua filha foi vítima de estupro já está encerrado desde agosto do ano passado, pronto para ser julgado pelo juiz. "Espero ansiosamente pela condenação dele", diz. O acusado atua na cidade há muitos anos como motorista do transporte escolar, situação que causa muita revolta. "Ele continua trabalhando com criança e adolescentes, mesmo depois do que aconteceu com a minha filha", lamentou. O homem era próximo à família da vítima que na época dos estupros tinha de 5 para 6 anos. "Era tio/padrinho da minha filha, casado com a minha tia. A gente tinha muita amizade. Saia para viajar e pescar juntos", lamenta. Na ocasião dos fatos, a vítima frequentava com frequência a casa do homem para brincar e assistir filme com o primo, filho do denunciado. Quando a menina contou sobre o fato, a mãe disse que foi um baque. "Era uma pessoa de confiança. Eu tinha amor, carinho e respeito por ele. Foi como se um buraco tivesse aberto na minha frente", desabafou. A mulher disse que tem medida protetiva contra o acusado, mas como a cidade é pequena acaba se encontrando com o autor. "Quero que ele fique preso depois do julgamento. Pague pelo crime que cometeu. Toda vez que a minha filha encontra com ele, o humor dela fica diferente, parece que o dia acaba". Não se sabe ao certo quando os abusos começaram, mas a última vez que o crime ocorreu foi entre janeiro e fevereiro de 2020. A família ficou sabendo em março daquele ano. "Agora, ela está bem, depois de 2 anos de acompanhamento psicológico", diz. Conforme denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), se aproveitando da situação e da confiança da família, o denunciado praticou atos libidinosos com a criança por pelo menos três vezes, além de mostrar vídeos pornográficos para a menina. Os crimes ocorreram na casa do autor. "Ao que tudo indica, o denunciado aproveitava-se dos momentos em que ficava sozinho com a vítima e, após a conduta criminosa, pedia para que a vítima não contasse nada. Em depoimento especial, a criança contou que não disse para os pais antes, pois tinha medo e vergonha, segundo trecho da denúncia". De acordo com a mãe, o acusado nega ter cometido o crime e a sua tia acha que foi invenção da criança. "Quero ver este homem condenado. Meu dia ainda vai chegar, de ver a Justiça sendo feita", desabafa. Ela espera que a sentença saía ainda este ano. Pesquisas mostram que crimes de estupros de vulnerável costumam ser praticados por pessoas da família ou próximas da família na maioria dos casos. O abusador muitas vezes manipula emocionalmente a criança, que não percebe estar sendo vítima e, com isso, costuma ganhar a confiança fazendo com que ela se cale. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .

Fonte: CGNEWS

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