Emae, última estatal de energia de SP, é vendida por R$ 1,04 bilhão para Fundo Phoenix

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Por Expressão Naviraí em 19/04/2024 às 17:25:19

Três consórcios participaram da disputa por 4,7 milhões de ações na sede da Bolsa de Valores nesta sexta-feira (19). A oferta vencedora foi da Phoenix Fundo de Investimentos em Participações Multiestratégia com a oferta de R$ 70,65 por ação. Tarcísio de Freitas participa do leilão na Emae na sede da Bolsa Valores

Rodrigo Rodrigues/g1 SP

A Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae), última estatal de energia do estado de São Paulo, foi vendida por R$ 1,04 bilhão para o Fundo Phoenix de Investimentos em Participações Multiestratégia. O leilão de privatização aconteceu na sede da B3, no Centro da capital, nesta sexta-feira (19).

A empresa Phoenix Fip Multiestratégia é um fundo de investimento de vários empresários brasileiros, cujo principal acionista é o empresário Nelson Tanure, investidor referência da Light no Rio de Janeiro.

Ao todo, foram negociadas 14,7 milhões de ações. Desse total, 14,4 milhões eram de titularidade do estado de São Paulo e outras 350 mil, da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô). O preço mínimo definido era de R$ 52,85 por ação.

A venda da Emae faz parte do plano de governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) de desestatização. O governo tem previsão de privatizar 13 projetos ao longo de 2024.

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Além do Fundo Phoenix, outros dois consórcios participaram da disputa: EDF Holding, subsidiária da gigante francesa de energia, e Matrix Energy Participações, uma joint venture da gestora Prisma Capital com uma subsidiária do grupo suíço Duferco, segundo informações da Agência Reuters.

Após 57 lances, a empresa vencedora arrematou a estatal com a oferta de R$ 70,65 por ação, ou seja, 33,68% acima do valor definido pelo governo de SP.

Atualmente, o valor de mercado da Emae é de R$ 2,3 milhões, enquanto sua receita líquida é de R$ 532 milhões e seu patrimônio líquido, R$ 1,16 bilhão.

Tarcísio bate o martelo na B3 após Fundo Phoenix arrematar Emae

Serviços

A Emae foi criada em 1998 com origem na Light (The São Paulo Railway, Light and Power Company Limited) após o processo de cisão da Eletropaulo.

A principal atividade da empresa é a geração de energia por meio de quatro usinas hidrelétrica: Henry Borden, Porto Góes, Rasgão e Pirapora. As unidades estão localizadas em São Paulo, Salto, Cubatão e Pirapora do Bom Jesus.

No ano passado, segundo o governo estadual, as usinas geraram 1.663 GWh de energia, o suficiente para abastecer média de 825 mil residências na Grande São Paulo.

Outro papel importante da Emae é o controle dos níveis dos rios Tietê e Pinheiros, especialmente nos períodos chuvosos.

A empresa também opera o serviço de travessias em três pontos da Represa Billings. As balsas Bororé, Taquacetuba e João Basso conectam diferentes bairros de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. Esse serviço deverá ser mantido de forma gratuita pelo novo controlador, informou o governo de SP.

Barragem do Rio Grande e Usina Elevatória de Pedreira

Reprodução/Emae

Suspensão de edital

Em março de 2023, o edital da privatização chegou a ser suspenso pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) a pedido do Ministério Público de Contas. O órgão havia acolhido uma representação do deputado estadual Emídio de Souza (PT), que questionava a legalidade do processo.

Um mês depois, o TCE-SP liberou a proposta do edital para viabilizar os estudos de privatização da estatal, avaliada em R$ 2,2 bilhões.

Fonte: G1

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