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ECONOMIA

Transporte executivo e pulverização impulsionam mercado de aviação agrícola

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Companhia participante da Agrishow estima que quase a metade de suas vendas é voltada para produtores rurais. Procura também reflete maior demanda por qualificação profissional. Transporte executivo movimenta mercado de aeronaves no setor agrícola

Érico Andrade/g1

Em 2023, o número de aeronaves vendidas para produtores rurais bateu recorde. Foram 149 diante de 80 em 2022, segundo dados do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag). Números que, segundo especialistas do setor, foram impulsionados não só pela demanda por pulverização, como também por transporte executivo.

"Há cada vez mais o entendimento de que esse tipo de investimento é capaz de aumentar produtividade e facilitar a vida do produtor", afirma Sany Onofre, gerente de negócios da Embraer.

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A empresa lidera o setor com mais da metade das 2,6 mil aeronaves em operação no Brasil. O modelo Ipanema, em sua sétima geração, é o líder de vendas quando o assunto é pulverização. Foram 65 unidades vendidas no ano passado. O avião, que custa R$ 4 milhões, usa 100% de etanol como combustível e tem uma autonomia de quatro horas, em média.

"Chegamos a 1,6 mil modelos vendidos neste ano e percebemos que há uma demanda crescente a partir da consciência dos produtores de que a velocidade de pulverização e o fato do avião não tocar o solo, evitando danificar o plantio, acaba sendo um diferencial importante para grandes propriedades", conta Onofre, que esteve presente na Agrishow deste ano, maior feira de tecnologia agrícola do país realizada em Ribeirão Preto até o início do mês.

Em 2024, o Brasil deve se manter na segunda posição do ranking das maiores frota de aviões agrícolas, ficando atrás somente dos Estados Unidos, que tem 3,8 mil aeronaves, segundo o Sindag. Mato Grosso, Rio Grande do Sul e São Paulo são os estados com mais veículos cadastrados.

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Wolfgang Pistori/g1

Aviação executiva

Além da pulverização, a aviação executiva é cada vez mais um mote de vendas importante entre os produtores rurais. A TAM Aviação Executiva, por exemplo, estima que 43% da sua operação é voltada para o setor agrícola.

"Há cada vez mais novas áreas onde a agricultura está se desenvolvendo e crescendo. Não é incomum um produtor ter terras no Centro-Oeste e no Rio Grande do Sul, por exemplo", afirma Leonardo Fiuza, presidente da empresa.

Segundo ele, a companhia tem atualmente 23 modelos para táxi aéreo, entre aviões e helicópteros, que cobrem diferentes necessidades dos produtores rurais, e que custam a partir de R$ 1 milhão.

"O perfil de quem procura por esse serviço é de grandes empresas, que adquirem aeronaves para uso dos seus executivos ou dos seus sócios. E esse uso, na grande maioria, é um uso para trabalho, é um uso para deslocamento em função do negócio e para expansão do negócio, para otimização de tempo", diz.

Cessna 206 Turbo Stationair, da TAM AE, em exposição na Agrishow, em Ribeirão Preto

Wolfgang Pistori/g1

Cresce procura por qualificação

A média salarial de um piloto de avião agrícola no país é de R$ 10 mil por mês, segundo a Sindag. Houve um aumento de 10% no número de profissionais qualificados desde 2022, chegando a 2,2 mil pilotos licenciados.

Além da qualificação de piloto de aeronave, quem entra nesse mercado precisa fazer uma especialização para atuar em lavouras. Ele também será responsável pela pulverização e precisa estar apto para descarregar produtos químicos e auxiliar no combate de incêndios no campo.

Os profissionais geralmente prestam serviço para mais de um produtor e esse valor pode aumentar. "Existem pelo menos quatro grandes escolas de aviação agrícola no país. Hoje, o profissional que escolhe essa carreira, geralmente não sai mais", explica Onofre, da Embraer.

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G1

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