A Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres (ICE Futures Europa) para o café robusta encerrou as operações desta quarta-feira (3) com preços acentuadamente mais altos.
Os preços voltaram a bater em patamares históricos de alta, atingindo novos topos, diante de apreensões com a oferta de robusta no Vietnã e no Brasil.
A disponibilidade do robusta vietnamita, maior produtor desse café do mundo, segue limitada no curto prazo, com produtores retendo a oferta, o que é fator altista.
No Brasil, choveu demais em muitas regiões nos últimos dias, gerando preocupações em relação à safra que está por ser colhida. Áreas de arábica de Minas Gerais receberam muitas precipitações e também regiões do conilon brasileiro, que vem suprindo a falta de oferta do robusta no mundo. O dólar fraco contra outras moedas contribuiu para os ganhos do robusta.
Café arábica
As operações com café arábica também fecharam em forte alta na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US). Os preços voltaram a subir de forma acentuada diante das preocupações com a safra brasileira e na trilha da elevação do robusta em Londres, com apreensões com a oferta dos grãos vietnamitas.
O mercado rompeu a importante linha de US$ 2 a libra-peso e atingiu para maio a máxima de 207,15 centavos de dólar por libra-peso, que é o patamar mais elevado em um ano e meio. É verdade que reduziu os ganhos em relação ao topo com realização de lucros, mas ainda assim, manteve forte valorização próxima a 3%.
A oferta curta do robusta no Vietnã, com o conilon brasileiro sendo buscado para ocupar esse espaço, e as altas históricas para o robusta em Londres vêm puxando para cima também o arábica.
No Brasil, as indicações são de que recentes chuvas intensas atingiram as lavouras e podem reduzir o potencial produtivo em regiões como Minas Gerais (maior estado produtor) e a qualidade dos grãos. Isso vem garantindo a subida em Nova York.
Fonte: Canal RURAL