Dólar tem leve alta e vai a R$ 4,95, com expectativa para dados de emprego nos EUA; Ibovespa cai

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Por Expressão Naviraí em 05/03/2024 às 10:36:23

Na véspera moeda norte-americana fechou em queda de 0,15%, cotada a R$ 4,9475. Já o principal índice de ações da bolsa de valores brasileira encerrou com um recuo de 0,65%, aos 128.341 pontos. Notas de 1 dólar

Rafael Holanda/g1

O dólar opera em leve alta nesta terça-feira (5), ainda com algum marasmo na agenda, à espera de pistas sobre a decisão de juros nos Estados Unidos. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, tem queda.

Trata-se de mais um dia de expectativa para dados de emprego nos Estados Unidos, que podem influenciar o Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Em busca de mais pistas, o mercado monitora discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, ao Congresso nos dias seguintes.

Veja abaixo o resumo dos mercados.

Dólar

Às 10h10, o dólar opera em alta de 0,05%, cotado a R$ 4,9501. Veja mais cotações.

Na véspera, a moeda norte-americana teve queda de 0,15%, cotado a R$ 4,9475.

Com o resultado, acumulou:

queda de 0,15% na semana e no mês;

avanço de 1,96% no ano.

Ibovespa

No mesmo horário, o Ibovespa encerrou em queda de 0,03%, aos 128.300 pontos.

Na véspera, o índice teve queda de 0,65%, aos 128.341 pontos.

Com o resultado, acumulou:

queda de 0,65% na semana e no mês;

recuo de 4,36% no ano.

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O que está mexendo com os mercados?

Nesta terça-feira, dados paralelos de atividade e confiança fazem a agenda como coadjuvantes do interesse real do mercado, que é o rumo das taxas de juros nos EUA. Por lá, dados do setor de serviços serão divulgados.

Na quarta-feira (6), sai o relatório ADP, com números dos empregos privados nos Estados Unidos, e na sexta (8) tem o payroll, o mais importante relatório do mercado de trabalho do país.

Esses dados são observados com atenção, principalmente em um momento em que as taxas de juros americanas já estão os maiores patamares em décadas — entre 5,25% e 5,50% ao ano. Isso porque um mercado de trabalho ainda muito aquecido pode continuar gerando pressão inflacionária sobre a economia.

Por outro lado, se os números vierem abaixo do esperado ou mostrarem uma desaceleração da geração de empregos, é sinal de que as taxas elevadas estão pressionando a economia e isso pode servir de incentivo para que o Fed inicie seu ciclo de corte nos juros em breve.

Ainda no cenário de juros, o presidente do Fed, Jerome Powell, deve falar no Congresso americano na quarta e quinta-feira (7). Investidores aguardam o discurso, à espera de mais sinalizações sobre quando os cortes nas taxas devem começar.

Na Europa, o BCE anuncia sua decisão sobre as taxas de juros também na quinta-feira. A expectativa é que a instituição mantenha os juros no nível recorde de 4%, mas é provável que reduza sua perspectiva para a inflação, em um aceno para eventuais cortes.

Na China, o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, anunciou na terça-feira uma meta ambiciosa de crescimento econômico para 2024, de cerca de 5%, prometendo medidas para transformar o modelo de desenvolvimento do país e neutralizar os riscos alimentados por incorporadoras imobiliárias falidas e cidades endividadas.

Ao estabelecer uma meta de crescimento semelhante à do ano passado, que será mais difícil de ser alcançada, já que a recuperação pós-Covid está perdendo força, Pequim sinaliza que está priorizando o crescimento em detrimento de quaisquer reformas, mesmo com Li prometendo novas políticas ousadas, disseram analistas.

"É mais difícil atingir 5% este ano do que no ano passado porque o número base ficou mais alto, indicando que os principais líderes estão comprometidos em apoiar o crescimento econômico", afirmou Tao Chuan, analista-chefe de macro da Soochow Securities à agência Reuters.

O crescimento irregular do ano passado evidenciou os profundos desequilíbrios estruturais da China, desde o fraco consumo das famílias até os retornos cada vez mais baixos sobre os investimentos, o que levou a pedidos de um novo modelo de crescimento.

Na agenda interna, destaque para os preços ao produtor, que recuaram 0,31% em janeiro, no terceiro mês seguido de deflação, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira.

O resultado levou o índice acumulado em 12 meses a uma retração de 5,56%. No mês anterior, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) havia caído 0,20%. Entre as 24 atividades analisadas, o IBGE apontou que somente oito tiveram queda de preços na comparação mensal.

"Esta sequência de resultados negativos do IPP vem após uma série de três meses seguidos de altas, entre agosto e outubro do ano passado. Apesar do índice de -0,31% em janeiro, não há uma queda disseminada por toda a indústria, pois 15 setores tiveram aumento de preços", destacou Murilo Alvim, analista do índice.

As maiores influências no resultado de janeiro partiram de refino de petróleo e biocombustíveis (-0,51 ponto percentual), indústrias extrativas (0,23 p.p.), alimentos (-0,18 p.p.) e metalurgia (0,07 p.p.). O setor de refino de petróleo e biocombustíveis apresentou queda no mês de 4,77%), marcando a segunda variação negativa seguida.

Já o setor de alimentos apresentou queda de 0,74% dos preços em janeiro, após quatro resultados positivos consecutivos. De acordo com o analista do IBGE, isso se deve a preços menores do açúcar e dos derivados de soja. Considerando as grandes categorias econômicas, bens de capital tiveram alta de 0,55% em janeiro, bens intermediários recuaram 0,88% e bens de consumo subiram 0,37%.

Fonte: G1

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