Dólar opera com volatilidade, com prévia da inflação acima do esperado e ata do Copom

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Por Expressão Naviraí em 26/03/2024 às 10:31:26

Moeda norte-americana caiu 0,51%, cotado a R$ 4,9729. Já o principal índice acionário da B3 encerrou em queda de 0,08%, aos 126.931 pontos. Cédulas de dólar

bearfotos/Freepik

O dólar opera com volatilidade, oscilando entre leves altas e baixas, nesta terça-feira (26), com investidores repercutindo novos dados de inflação e a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), ambos divulgados nesta manhã.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial do mês, subiu 0,36% em março, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), acima das projeções do mercado.

Além disso, o Copom sinalizou em sua ata que incertezas do cenário sobre a inflação nos próximos meses impedem o comitê de projetar um novo corte da Selic, taxa básica de juros, em junho. O documento também indicou um "ritmo mais lento" de cortes nos próximos meses.

Veja abaixo o resumo dos mercados.

Dólar

Às 09h30, o dólar caía 0,03%, cotado a R$ 4,9714. Veja mais cotações.

No dia anterior, a moeda norte-americana teve baixa de 0,51%, cotado a R$ 4,9729.

Com o resultado, acumulou:

queda de 0,51% na semana;

ganho de 0,01% no mês;

avanço de 2,48% no ano.

Ibovespa

O Ibovespa começa a operar às 10h.

Na véspera, o índice teve queda de 0,08%, aos 126.931 pontos.

Com o resultado, acumulou:

queda de 0,08% na semana;

recuo de 1,62% no mês;

e baixa de 5,41% no ano.

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A prévia da inflação de março, medida pelo IPCA-15, veio acima do esperado pelos analistas, com uma alta de 0,36% contra expectativa de 0,32%. A alta foi puxada, mais uma vez, pelos alimentos. O grupo de Alimentação e bebidas registrou um avanço de 0,91% no mês, gerando um impacto de 0,19 ponto percentual no índice geral.

Ainda assim, o índice teve desaceleração de 0,42 p.p. na comparação com o mês anterior, quando teve alta de 0,78% para fevereiro. Em março de 2023, o IPCA-15 foi de 0,69%. Em 12 meses, o IPCA-15 acumulou 4,14%.

Para Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos, o resultado mostra que o IPCA-15 "não só veio acima (do esperado), como a abertura também continua ruim",

"Na média de três meses anualizada, os serviços subjacentes aceleraram para 5,8%; nos industriais, praticamente zerou e, nos alimentos, o indicador acelerou para 5,4%", explica o economista.

Essa perspectiva ajuda a explicar, também, outra divulgação importante do dia: a ata do Copom. O Banco Central (BC) sinalizou que deve ser mais ponderado com os próximos cortes na taxa Selic, hoje em 10,75% ao ano, por conta das incertezas que rondam o cenário de inflação.

"Alguns membros argumentaram ainda que, se a incerteza prospectiva permanecer elevada no futuro, um ritmo mais lento de distensão monetária (de corte dos juros) pode revelar-se apropriado, para qualquer taxa terminal que se deseje atingir", disse a instituição.

O Copom promoveu seis cortes consecutivos de 0,5 ponto percentual nos juros. Com isso, a taxa Selic caiu de 13,75% ao ano em junho do ano passado para os 10,75% ao ano na reunião da última semana.

Além disso, o BC também divulgou mais uma edição do Boletim Focus - relatório que reúne as projeções dos economistas do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos do país.

Nesta edição, os especialistas reduziram as projeções para a inflação de 2024 de 3,79% para 3,75%, enquanto a expectativa para 202 cai de 3,52% para 3,51%.

Para o comportamento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, a estimativa de crescimento subiu de 1,80% para 1,85%. Foi a sexta alta seguida do indicador. Já para 2025, a previsão de alta do PIB do mercado financeiro ficou estável em 2%.

Fonte: G1

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